Votação promovida pelo Globoesporte.com reuniu 100 jornalistas e faz parte da celebração do centenário da participação brasileira nos Jogos. Primeiro lugar ficou com Adhemar Ferreira da Silva, com Joaquim Cruz em terceiro lugar
São Paulo (SP) – O ano de 2020 registra o centenário da primeira participação do Brasil na Olimpíada. E mesmo com os Jogos de Tóquio adiados em função da pandemia, a marca é significativa e merece ser celebrada. O Globoesporte.com consultou 100 jornalistas de vários veículos de comunicação para eleger os maiores atletas brasileiros neste século de história do principal evento poliesportivo do mundo. Dono de cinco medalhas olímpicas, o velejador Robert Scheidt garantiu mais um pódio. Ele ficou em segundo lugar, atrás de Adhemar Ferreira da Silva.
Os dois atletas mais votados pelos jornalistas são bicampeões olímpicos. Adhemar ganhou ouro em 1952 e 1956 na prova do salto triplo. Robert subiu ao alto do pódio na classe Laser nos Jogos de Atlanta/1996 e Atenas/2004. A diferença entre os dois foi de 101 pontos. Enquanto Silva somou 1.868 pontos, Scheidt ficou com 1.767. A medalha de bronze nessa eleição coube a Joaquim Cruz. O campeão na prova dos 800 metros em Los Angeles/1984, recebeu 1.407 pontos.
“É uma honra receber esse reconhecimento da mídia especializada em esporte. Estar ao lado do Adhemar, o primeiro bicampeão olímpico do Brasil, e do Joaquim Cruz, meu ídolo de infância e que, com sua vitória em Los Angeles, me fez sonhar com a conquista de uma medalha de ouro, é especial. Quero agradecer a todos os jornalistas participantes e também aos colegas atletas. Todos nós, com pódios ou não, ajudamos a escrever a história do Brasil nesses 100 anos de participação na Olimpíada”, afirma o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios, que é patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex e que conta com o apoio do COB e CBVela.
Unanimidade - Robert Scheidt ficou em segundo lugar na eleição do GE, mas é o único atleta citado pelos 100 jornalistas participantes da votação. O próprio Adhemar Ferreira não esteve na lista de todos, entrando na relação de 99 dos entrevistados.
Scheidt está em preparação para disputar a sétima Olimpíada. Quando largar para a primeira regata em Tóquio, se tornará recordista brasileiro em participações nos Jogos. Enquanto esse dia não chega, ele segue treinando no Lago Di Garda, na Itália, onde mora com a família.
A eleição do GE - A votação do Globoesporte.com atingiu jornalistas de todo o Brasil. Cada um dos 100 eleitores enviou um "top 20" particular, seguindo uma ordem de relevância. A cada posição na lista, era atribuída uma pontuação de 1 a 20, que foi somada, chegando ao ranking final.
Além dos três primeiros, o top 10 da eleição do GE tem o velejador Torben Grael (4°), o líbero Serginho (5°), o nadador Cesar Cielo (6°), o ginasta Arthur Zanetti (7°), a jogadora de vôlei de praia Jackie Silva (8°), o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima (9°) e a atacante Scheilla (10°).
Maior atleta olímpico brasileiro
Cinco medalhas:
Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na Classe Laser)
Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze : Londres/2012 (Star)
181 títulos - 89 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Europeu de Star.
Laser
- Onze títulos mundiais - 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
- Três medalhas olímpicas - ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000
Star
- Três títulos mundiais - 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
- Duas medalhas olímpicas - prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012
ROBERT SCHEIDT,
Qual é o seu melhor lugar no mundo para velejar?
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